Professora e aluna da FMT participam de projeto de turismo sustentável

Merice Rocha, do curso de Gastronomia da Faculdade Madre Thaís
Divulgação

A chef e Professora Merice Rocha, do curso de Gastronomia da Faculdade Madre Thaís (FMT) e a formanda do mesmo curso, Geraldina da Silva ( e equipe) têm o projeto "Raizzes ``, selecionado em primeiro lugar na Maratona Territórios do Brasil. Trata-se de um evento de continuidade das ações começadas em outubro de 2020, na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) visando a popularização da ciência, tecnologia e inovação, online, reunindo estudantes, professores e empreendedores dos territórios do Brasil para desenvolverem soluções que potencializam, principalmente micro e pequenas empresas da região norte-nordeste, que foram afetadas fortemente pela pandemia da Covid-19.

"O encontro com Geraldina se deu por acaso, na plataforma virtual 'Discord' gerenciada pela equipe de T&I da Panic Lobster. Eram mais de 1.000 inscritos; nos vimos por afinidade no setor de Turismo de Base Comunitária. Foi uma grata surpresa, nos unimos enquanto mulheres, baianas, nordestinas.".Afirma a chef.

O projeto Raizzes, que concorreu com outros 88, é uma ação virtual e real para agenciar o turismo de base comunitária de forma sustentável e consciente das comunidades quilombolas, num hackthon-Território do Brasil. A equipe, além da professora Merice Rocha e a formanda Geraldina Silva, é formada por Barbara Calmon, Ewandro Cruvinel e Wanderson Aldo.

De acordo com a professora, "o Raizzes é uma ação resultante da 17ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que participou enquanto didática da pós-graduação que está fazendo no IF-Baiano. Os demais membros da Equipe não se conheciam porque são de estados diferentes: Bahia, Rio de Janeiro e Goiás. Juntos percebemos que as comunidades quilombolas não apresentam autossuficiência com poder ação de renda. E o mais preocupante é que estão em risco à preservação de seus hábitos, seus costumes e saberes que podem ser dizimados pelas gerações mais jovens, quer seja pela supervalorização e mal uso de novas tecnologias, quer seja pela falta do sentimento de pertença.”

“Avaliamos: se fugimos de grilhões, torturas, navios negreiros, podemos fazer algo mais: relacionar nosso habitar, nosso cheiro e o nosso aroma à nossa gente. Construir uma ponte entre quilombo e as demais comunidades. Fazer das novas tecnologias um instrumento a favor do povo quilombola. A nossa proposta é retroalimentar as experiências trazidas por ancestrais quilombolas visando perpetuar tradições fortalecendo costumes e a economia da região,” expõe Merice.

“O nosso diferencial é oferecer vivências virtuais e presenciais com a Raizzes . Claro que não vamos fazer isso de uma hora para outra. Vamos fazer um levantamento, mobilização, contatar lideranças da comunidade, formar equipe,  capacitar jovens e moradores, começando pela Bahia. Como  premiação vamos  participar de um programa de aceleração de Startups do SEBRAE-BA. Estamos correndo. Vamos produzir e transbordar em 2021,” conclui a professora Merice Rocha.